segunda-feira, 11 de novembro de 2013

SEM RUMO

Essas duas ultimas semanas ando experimentando uma experiência nova, bastante relaxante até.
Eu acordo cedo (quando durmo), cedo lá pelas 4h mais ou menos. Quando ainda está  meio de noite, mas não totalmente. O dia tem que estar azul escuro.
Essa é hora que não tem ninguém na rua. As pessoas ainda não saíram de suas casas para suas rotinas. A cidade está deserta, e aí então que começo minha caminhada matinal.
Não ando por muito tempo e nem vou muito longo. Eu só ando.
Andar na rua sem ver ninguém, não escutar aqueles barulhos ensurdecedores de carros, ônibus as vozes das pessoas.
Por um curto momento me sinto sozinho no mundo, sem essa rostia de humanos zanzando com suas vidas insignificantes por aí.
Me sinto eu mesmo, sem ter que me camuflar, mentir, omitir, fingir. Sem ter que fazer tudo que as pessoas costumam fazer e suas babaquices. Sem ter que agradar ninguém.
Sem rumo, sem sonhos, sem planos, sem sentimentos, sem ninguém. Apenas o nada.
É como se eu tivesse vivendo minha atmosfera interna. Tudo que sou. E naquele momento, eu me vivo.
A sensação é de como se tudo tivesse acabado, que não tivesse mais nada para ser fazer. É um conforto que não acho palavras para expressar.
É irônico até! O morto me faz parecer vivo!


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